quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Capitulo 2 - Sobrevivência

05 de fevereiro de 2105 era de manhã e minha mãe estava preocupada se teríamos dinheiro para comprar a nossa janta, já que era a nossa única refeição do dia, meu estomago esta doendo de fome mas eu tentei disfarçar na frente dela, mas quando eu cheguei na escola a Mery me perguntou se eu estava bem, eu a disse que estava com um pouco de fome, ela olhou para mim com um olhar de que ela já esta acostumada com isso, uma vez ela me contou que na casa dela mora muitas pessoas então uma lata para dividir para muitas pessoas não saciava muito a fome. Eu fiquei pensando, será que é egoismo meu e da minha mãe querer só uma lata para nós duas?
O Vitor chegou triste hoje disse que seu pai não queria que ele fosse nessa viagem porque pode ser muito perigoso para ele, mas o Vitor faz parte da família mais rica da cidade e ele viajou varias vezes sozinho, eu achei isso muito estranho. Mas a viagem seria amanhã e como ele convenceria seu pai a deixa-lo ir?
Hoje recebemos uns uniformes para usar na viagem, era um uniforme horrível e sem vida, era um suéter cinza e uma saia de prega marrom e sapatos pretos, para os meninos o mesmo suéter só que uma calça social marrom, precisávamos de uma policia da moda ali porque eram uniformes chocantes. Eu pensei que poderíamos usar as nossas roupas normais mas aquilo  era muito estranho porque com a nossa economia da onde a escola arranjaria tanto dinheiro para nos dar uniformes assim?
Cheguei em casa e minha mãe pedia desculpas por não ter alimento, eu peguei um pouco de água e falei pra ela, "enquanto tivermos isso, estaremos bem". Mais eu fiquei pensando na minha mãe ela esta a dois dias sem comer e como ela poderia trabalhar fraca desse jeito, eu fui para fora e tentei pensar em um jeito de alimentar a minha mãe e passando em frente do mercado, me veio uma voz me dizendo para roubar, eu entrei no mercado e peguei a lata e coloquei em minha bolsa, quando eu estava saindo eu parei e pensei... " eu não sou assim!" voltei e devolvi. Me sentei embaixo de uma arvore e orei ao senhor para que ele ajudasse a minha mãe, e no caminho de volta para casa eu vi uma arvore uma que eu nunca tinha visto na minha vida, era pequena, mas tinha umas bolinhas verdes e vermelhas nela, eu fiquei com medo porque pensei que era venenosa, mas eu senti que deveria come-las, o verde tinha um gosto meio amargo e mesmo assim as vezes era sem gosto como se paralisasse um pouco a boca e a vermelha algumas eram doces e outras eram amargas, peguei o tanto que pudesse e levei para casa. Minha mãe já estava dormindo então deixei aquelas bolinhas do lado da cama dela. E sim hoje dormi sem meu beijo de boa noite mas dessa vez eu que dei o beijo de boa noite.
06 de fevereiro de 2105 hoje é o grande dia da viagem e minha mãe não para de me abraçar e fica falando para eu ter juízo, ah ela me perguntou sobre aquelas bolinhas e eu falei que encontrei em uma arvore, falei pra ela se cuidar que daqui 3 dias eu volto.
chegando na escola eu vi o Vitor e perguntei como ele convenceu o pai dele, ele disse que fugiu e que ele falsificou a assinatura, minha nossa esse Vitor é doido mesmo. A Mery tentou mudar o estilo do uniforme ela colocou um cinto roxo e disse que assim esta melhor, Só a Mery para fazer isso.
quando subimos no ônibus a Mery se sentou com o Vitor e eu fiquei procurando um lugar e o único lugar que eu achei era do lado de um garoto da sala que nunca conversei, perguntei o nome dele e ele não me respondeu, fiquei pensando será que ele é mudo?
A viagem inteira todos não paravam quietos, menos o moleque que estava do meu lado, ele ficava olhando para fora e nem puxava papo, eu tentei varias vezes mas ele virava o rosto.
De repente a sala inteira ficou quieta, e eu só vi fumaças cinza, depois tudo apagou.
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