domingo, 7 de junho de 2015

Capitulo 4 - Egoísmo

Quando sai perto da casa velha, parecia um lugar deserto, parecia que não havia ninguém ali, e que eu estava sozinha, realmente estou sozinha, mas eu sempre tive a sensação de estar sendo vigiada, o que vai acontecer comigo? eu vou morrer tão cedo assim? eu não escolhi estar aqui, por que tem que ser assim?
 Enquanto estava caminhando eu encontrei um riacho, eu estava morrendo de sede, eu me aproximei rapidamente, mas quando eu vi um corpo deitado la perto eu logo me escondi, fiquei um bom tempo olhando, e quando eu percebi que era alguém morto eu fui logo ver quem era, e quando eu vi o rosto, era o Léo todo deformado, eu percebi naquela hora que o riacho contém ácido. Eu pensei que nós é quem devia matar os amigos e não eles fazerem isso por nós, mas quando eu vi do lado do riacho a garrafa do Léo era que tinha ácido. Ele não sabia que ali tinha ácido ou alguém colocou? mas se ele esta com o rosto assim, então ele não bebeu, e sim foi jogado na cara dele. Se nós não estivéssemos nessa batalha o que será que o Léo gostaria de ser quando crescer? Todos nós temos sonhos e objetivos somos novos e o governo quer estragar nossa vida? Nada disso tem lógica para mim.
Eu arrastei o corpo do Léo para dentro do riacho e ele apenas o levou com sua correnteza.
E eu fui seguindo o corpo dele para ver até aonde o riacho nos levava, até que eu ouvi um barulho, comecei a olhar para todos os lados para ver aonde era, e não conseguia achar, foi quando eu peguei meu arco e minha flecha, mas eu não sabia como usar, então eu sai correndo, e comecei a ouvir passos atrás de mim, e eu vi que era a Gabi pocha eu pensei que ela era a minha amiga, e ela esta querendo me matar, foi ai que ela começou a gritar "socorro! Socorro!" e eu olhei para trás e tinha um garoto correndo atrás dela com um taco de beisebol.
Então eu comecei a subir em uma arvore e me escondi para ninguém me ver, e então a Gabi e o Matheus passaram por mim sem me notar, eu não acredito no que eu fiz, que tipo de amiga eu sou para fazer isso, eu deveria ter salvado a Gabi, e porque o Matheus esta fazendo isso, as pessoas mudaram, até mesmo eu mudei, já esta anoitecendo e eu vou ficar escondida aqui na arvore ate amanhã cedo, morreram 5 pessoas hoje, faltam 34 pessoas e ainda não encontrei meus amigos, será que eles ainda são meus amigos? Esse jogo criou rivalidade e porque isso tem que ser assim? com certeza o plano do governo não é só matar apenas 40 alunos, mas esse é só o começo de uma grande batalha que há de vir, não sei o que o governo quer, mas eu sei é que eles não querem quem dá prejuízo a eles, mas não seria nós o futuro do País? Acho que agora eu tenho mais motivos para sair daqui viva, será que é egoismo meu querer a sobrevivência?

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Capitulo 3 - O Plano do Governo

Acordei em uma Sala escura, eu e meus amigos estávamos amarrados por uma corrente de ferro, estávamos desesperados para nos soltar, meus amigos se perguntavam "onde eu estou?" mas acho que a pergunta certa era " O que estou fazendo aqui?".
Porque estávamos todos ali?  Porque precisariam amarrar todos nós desse jeito? Temos que fugir do que? 
Enquanto eu estava me fazendo essas perguntas, ouvimos passos, sim passos de centenas de soldados.
E então nossas correntes do nada se soltou, todos começaram a correr desesperados, mas tudo quietou quando ouvimos tiros. Um homem estranho apareceu e disse que não poderíamos sair dali, Caio Tentou e sabe o que aconteceu? ELE EXPLODIU! Sabe o que é perder um amigo desse jeito? ver a morte dele? eu pensei que isso era o pior.
Não podemos fugir, temos uma missão agora a cumprir, matar todos em 3 dias, se em 3 dias sobrar mais que 1 pessoa, essas pessoas que sobrarem... morrem. Luta pela sobrevivência? Porque alguém quer que matemos um ao outro ou pior matar nossos amigos? Foi ai que eu percebi, esse era o plano do governo, mas o que ajudaria a economia do nosso país, matar as pessoas desse jeito? ter menas população para que? a economia ficaria do mesmo jeito, 40 alunos não vai resolver esse problema. 
Nesse exato momento estou em um refeitório almoçando, pela primeira vez, não estou comendo comida enlatada, que estranho se eles querem tanto salvar a nossa economia porque gastar tanto assim em comida? Isso esta muito estranho. Agora estamos sendo chamados para uma reunião...
07 de fevereiro de 2105 ontem quando estávamos na reunião, pegamos nosso kit de sobrevivência, quando eu abri a bolsa, tinha um arco e flecha e ervas... era veneno... Na bolsa da Mery veio espelho e  uma lanterna, na bolsa do Vitor uma arma de choque e fios de eletricidade. Depois que pegamos nossos kits entramos em uma ilha, uma ilha muito bonita, só que estava ficando de noite, então eu a Mery e o Vitor resolvemos ficar juntos, corremos o mais rápido possível para algum lugar onde pudéssemos dormir, achamos uma casa bem velha, mas precisaríamos camuflar aquela casa para que ninguém nos vesse, então o Vitor foi atrás de folhas de bananeira, quando ele voltou, ele veio com aquele moleque que sentou do meu lado, o Vitor disse que ele era muito inteligente e que poderia nos ajudar a fugir das pessoas. Acordei com um barulho estranho, tinha alguém lá fora, eu levantei peguei um pedaço da cadeira de madeira que estava quebrada e levei junto comigo, não tinha só uma pessoa, eu voltei para acordar os outros e não tinha mais ninguém, pensei que estavam brincando comigo, e comecei a falar para eles pararem que eu já descobri o joguinho deles. Procurei por toda casa, não tinha ninguém, eu me escondi atrás de um armário velho, fiquei por la mais ou menos uma hora, ninguém estava na casa. Foi ai que eu parei para pensar, são meus amigos, como posso matar meus amigos? mesmo se todos sobreviverem vamos morrer no ultimo dia, mas e minha mãe como eu posso deixa-la desse jeito? acredito que todos aqui tem seus motivos para quererem sobreviver, eu não quero matar ninguém, eu vou ter que fugir de tudo isso, mas agora eu estou sozinha, mas eu vou acha a Mery , o Vitor e aquele menino mudo.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Capitulo 2 - Sobrevivência

05 de fevereiro de 2105 era de manhã e minha mãe estava preocupada se teríamos dinheiro para comprar a nossa janta, já que era a nossa única refeição do dia, meu estomago esta doendo de fome mas eu tentei disfarçar na frente dela, mas quando eu cheguei na escola a Mery me perguntou se eu estava bem, eu a disse que estava com um pouco de fome, ela olhou para mim com um olhar de que ela já esta acostumada com isso, uma vez ela me contou que na casa dela mora muitas pessoas então uma lata para dividir para muitas pessoas não saciava muito a fome. Eu fiquei pensando, será que é egoismo meu e da minha mãe querer só uma lata para nós duas?
O Vitor chegou triste hoje disse que seu pai não queria que ele fosse nessa viagem porque pode ser muito perigoso para ele, mas o Vitor faz parte da família mais rica da cidade e ele viajou varias vezes sozinho, eu achei isso muito estranho. Mas a viagem seria amanhã e como ele convenceria seu pai a deixa-lo ir?
Hoje recebemos uns uniformes para usar na viagem, era um uniforme horrível e sem vida, era um suéter cinza e uma saia de prega marrom e sapatos pretos, para os meninos o mesmo suéter só que uma calça social marrom, precisávamos de uma policia da moda ali porque eram uniformes chocantes. Eu pensei que poderíamos usar as nossas roupas normais mas aquilo  era muito estranho porque com a nossa economia da onde a escola arranjaria tanto dinheiro para nos dar uniformes assim?
Cheguei em casa e minha mãe pedia desculpas por não ter alimento, eu peguei um pouco de água e falei pra ela, "enquanto tivermos isso, estaremos bem". Mais eu fiquei pensando na minha mãe ela esta a dois dias sem comer e como ela poderia trabalhar fraca desse jeito, eu fui para fora e tentei pensar em um jeito de alimentar a minha mãe e passando em frente do mercado, me veio uma voz me dizendo para roubar, eu entrei no mercado e peguei a lata e coloquei em minha bolsa, quando eu estava saindo eu parei e pensei... " eu não sou assim!" voltei e devolvi. Me sentei embaixo de uma arvore e orei ao senhor para que ele ajudasse a minha mãe, e no caminho de volta para casa eu vi uma arvore uma que eu nunca tinha visto na minha vida, era pequena, mas tinha umas bolinhas verdes e vermelhas nela, eu fiquei com medo porque pensei que era venenosa, mas eu senti que deveria come-las, o verde tinha um gosto meio amargo e mesmo assim as vezes era sem gosto como se paralisasse um pouco a boca e a vermelha algumas eram doces e outras eram amargas, peguei o tanto que pudesse e levei para casa. Minha mãe já estava dormindo então deixei aquelas bolinhas do lado da cama dela. E sim hoje dormi sem meu beijo de boa noite mas dessa vez eu que dei o beijo de boa noite.
06 de fevereiro de 2105 hoje é o grande dia da viagem e minha mãe não para de me abraçar e fica falando para eu ter juízo, ah ela me perguntou sobre aquelas bolinhas e eu falei que encontrei em uma arvore, falei pra ela se cuidar que daqui 3 dias eu volto.
chegando na escola eu vi o Vitor e perguntei como ele convenceu o pai dele, ele disse que fugiu e que ele falsificou a assinatura, minha nossa esse Vitor é doido mesmo. A Mery tentou mudar o estilo do uniforme ela colocou um cinto roxo e disse que assim esta melhor, Só a Mery para fazer isso.
quando subimos no ônibus a Mery se sentou com o Vitor e eu fiquei procurando um lugar e o único lugar que eu achei era do lado de um garoto da sala que nunca conversei, perguntei o nome dele e ele não me respondeu, fiquei pensando será que ele é mudo?
A viagem inteira todos não paravam quietos, menos o moleque que estava do meu lado, ele ficava olhando para fora e nem puxava papo, eu tentei varias vezes mas ele virava o rosto.
De repente a sala inteira ficou quieta, e eu só vi fumaças cinza, depois tudo apagou.
obs: Essa página tem direitos autorais.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Capitulo 1 - responsabilidade

A economia do Brasil ficou pior! minha mãe esta tendo três trabalho para nos sustentar, minha parte agora é me esforçar nos estudos.

02 de fevereiro de 2105 já começam as aulas, eu estou muito animada em ver meus amigos.
hoje a Mery me contou como as ferias dela foi maravilhosa, eu perguntei para ela como será que vai ficar a nossa economia, ela disse que cada vez pior nós levamos na brincadeira mas na aula de geografia eu fiquei pensando sobre isso, realmente não sabemos como mudar a economia do nosso pais para melhor, naquela hora me veio famílias e crianças passando fome e sede, e com esse calor só piora as coisas, não há frio desde 2020 as pessoas do Brasil nunca mais sentiram frio, será que é o fim do mundo? 
Quando cheguei em casa tinha um recado da minha mãe dizendo que a comida estava no forno, adivinha era comida enlatada, o governo inventou uma comida estranha para todos comerem por que não tínhamos solo fértil e nem dinheiro para comprar nem se quer um pacote de arroz. Eu estou enjoada de comer isso, li no diário de minha bisavó que ela gostava muito de tomar sorvete com o pai dela, o sorvete favorito dela era de uva, uma vez eu procurei na internet e parecia algo bem gostoso, mas nunca vimos isso no Brasil, queria poder mudar para outro país como os Estados Unidos dizem que la é um país muito rico, mas como o combustível é caro tudo fica caro principalmente o preço da passagem de avião. Na tv está passando mais uma daquelas propaganda "economize água" na boa nem temos água direito, estou a 4 dias sem tomar banho hello aqui é BR não Inglaterra. 
Minha vó sempre nos ensinou a armazenar. e até água nos armazenamos, isso esta sendo bem útil para eu e a minha mãe não morrermos de sede. Não vejo muito a minha mãe desde que ela arrumou esses três trabalhos, vou passar mais uma noite sem o seu beijo de boa noite.
03 de fevereiro de 2105 mais um dia de aula e sinceramente estou com muito sono, hoje o Vitor veio me falar que o Pai dele ficou sabendo de um plano que o governo teve para salvar a nossa economia, pedi para ele me contar qual era, mas ele disse que o pai dele não quis falar. Pocha agora eu fiquei curiosa para saber o que era, fiquei pensando em varias hipótese mas nenhuma era possível eu acredito. Hoje o Diretor nos chamou no patio para nos dar um anuncio e "Ual" o anuncio é que vamos fazer uma excursão para Brasilia e nossa sala foi selecionada para ir. fiquei muito animada nos vamos daqui três dias e vai ser tudo de graça. Eu achei meio estranho porque nunca aconteceu isso, mas eu fiquei muito feliz.
cheguei em casa e vi a minha mãe, eu fiquei surpresa porque sempre ela esta trabalhando, e quando ela me viu ela falou "hoje vamos jantar juntas isso não é bom?" eu disse que sim, mas eu sabia que havia algo estranho, quando estávamos comendo eu a perguntei porque ela veio mais cedo para casa, ela tentou mostrar que estava bem, mas eu percebi que não, ela disse que demitiram mais de 300 trabalhadores da fabrica que estão todos desempregados. Eu até me esqueci quando foi que as coisas foram ficar assim, já faz muito tempo. As coisas só pioram cada dia mais... quando esse pesadelo vai acabar?
04 de fevereiro de 2105 quando cheguei na escola todos estavam comentando dessa viagem, e fiquei pensando será que da escola somente a minha mãe foi despedida? ou ninguém percebe o que esta acontecendo? eu tentei não ligar também porque se eles não estavam temendo o que iria vir então porque eu ligaria?
na hora do recreio eu e o professor de Biologia conversamos sobre o calor e ele me disse que o calor só vai aumentar e que deveríamos ter agido antes, eu perguntei se poderíamos fazer alguma coisa e ele disse que não temos mais nem oportunidade, ninguém mais anda de carro por causa do preço, as fabricas estão parando de funcionar e que se mesmo o calor sumir as pessoas já estariam mortas... mortas de fome, doentes, cansaço...
Foi ai que eu percebi eu tenho que ligar para o que esta acontecendo, não posso fingir que não há problema nenhum... tenho que fazer as pessoas se preocuparem com isso, não posso deixar de lado essa responsabilidade.
quando cheguei em casa minha mãe estava chorando eu não entendi no começo mas quando eu percebi não tínhamos janta naquela noite. Eu a abracei e disse que iria ficar tudo bem, ela me pediu desculpa por não ter comida, mas eu sei que não é culpa dela. Eu e ela fomos para o quintal e ficamos conversando e observando as estrelas, eu disse a ela sobre a viagem que a nossa sala iria fazer e ela ficou preocupada porque era a primeira vez que eu iria viajar e sem ela. Mas eu estou tão feliz porque é a segunda noite que ela da meu beijo de boa noite. 


obs: essa pagina tem direitos autorais!